domingo, 14 de abril de 2013

ESCLARECIMENTO - OFICIAL iDEAL

Desde o início que definimos o modelo a seguir - um grupo de pessoas independentes, sem filiação partidária, concordam em que o país tem uma democracia atrofiada (porque o sistema político que decorre do edifício constitucional foi desenvolvendo e cristalizando defeitos e vícios, progressivamente mais evidentes e preocupantes, pela acção principalmente de políticos vindos dos aparelhos partidários) e decidem organizar-se, para intervir, cívica e politicamente.

Em fins de Abril de 2012 é criado o grupo iDEAL no Facebook, que teve antecessores em outras duas iniciativas, o grupo fechado AP-SP 2.0.xx e a OR (Operação Relâmpago). Antes disso, os responsáveis pela definição inicial dos objectivos gerais para o iDEAL participaram em vários grupos no Facebook (aconselho a leitura do documento "Génese sucinta do grupo iDEAL" no "website" iDEAL).

O grupo no Facebook foi utilizado para, através desta presença digital, convocar outras pessoas em diversos pontos do país, para uma Assembleia Geral, em Agosto de 2012, que decorreu "online". Em Novembro de 2012, foi criada uma associação sem fins lucrativos, a Associação iDEAL, com o objecto específico de estudos e intervenção cívica e política.

Está há muito assente que o iDEAL se organiza nesta fase como uma associação cívica e política, através da qual um grupo de pessoas - cujo número será variável mas nunca de grandes dimensões - se dedicará a debater questões de matéria constitucional e legislativa, para através da participação, colaboração e debate, entre pessoas com opiniões e conhecimentos mais ou menos extensos nas matérias, se chegar a propostas próprias que serão aprovadas por votação.

Em Março de 2013 abriu o "website" iDEAL. Que estava havia meses prometido, e não contempla ainda (por razões de complexidade, logísticas, técnicas e financeiras) todas as funcionalidades desejadas para uma verdadeira plataforma colaborativa "online", mas para lá caminhará. Dentro de alguns dias irá começar a funcionar aquilo a que chamamos a área de debates, que está a ser implementada num software de fórum, que estará integrado no "website".

O iDEAL não tem a pretensão de ser no imediato um movimento político da chamada sociedade civil. Nunca nos apelidamos de movimento, e somos coerentes com os nossos documentos. Foi definido desde o início, e está a ser cumprido, que iríamos criar um grupo no Facebook para nos irmos conhecendo, gerar um ambiente propício à actividade política dentro de alguns parâmetros, uma espécie de "sala de convívio" de uma realidade mais vasta, a que chamamos sistema iDEAL, que serve um projecto, o projecto iDEAL.

O sistema é composto para já pelo grupo e página iDEAL no Facebook, pela Associação iDEAL, pelo "website" e pela organização iDEAL no terreno, concebida e em estruturação no presente, para actuar fora do digital, ou seja, junto das populações, em contacto directo com as pessoas nos diversos pontos do país.

O sistema é instrumental para alcançarmos os nossos objectivos, que podem ser expressos muito sucintamente por um processo em 3 fases: 1.criar propostas de alteração constitucional e legislativa, 2.ir divulgando essas propostas complementares e integradas pela população, através da organização informal no terreno e 3.participar a médio prazo, nas efectivas alterações ao sistema - por exemplo, numa constituinte ou por propostas legislativas dos cidadãos - se as condições políticas e democráticas internas o permitirem (se houver uma abertura na actual blindagem do sistema), o que dependerá do caminho que efectuarmos, da adesão que obtivermos, da dimensão da pressão da opinião pública e da sociedade, através da sua continuada mobilização em acções de resistência (como o boicote às eleições), de reivindicação, de manifestação, de desobediência, etc.

Respeitamos todas as propostas e todas a ideias! Respeitar e permitir, no seio de um grupo que pertence ao iDEAL, a sua explicitação, não é sinónimo de concordância nem de atribuição de méritos!

O que o iDEAL pretende fazer está descrito em linhas muito gerais acima e está escrito nos nossos documentos. Quem desejar criar plataformas para congregar, coligar ou aglutinar movimentos, tendências e grupos, de redes sociais ou com presença e organização física, com fins vários incluindo a sua coordenação ou mesmo união para programas de acção comuns, que o faça! E quem inserir membros deste grupo ou de outros grupos - no caso concreto do Facebook - nessas plataformas e nesses grupos de congregação ou coligação, também o pode fazer livremente - pelo menos enquanto esses membros assim o quiserem e não "desaderirem"!

O país tem 10,7 milhões de habitantes! E, se bem que sejamos uma democracia defeituosa e corrupta, não chegámos ainda ao regime da Coreia do Norte! Ainda há variedade e liberdade! Isto para dizer, que na mobilização e movimentação social, em formas organizativas mais ou menos formais, a partir da sociedade amorfa e vasta que se estende para lá das fronteiras dos aparelhos partidários tradicionais, há gente, espaço e liberdade ideológica, cívica, política, de pensamento e de organização, para a diversidade, a complementaridade e a identidade. É um processo em curso. Que está em aceleração porque se contrapõe precisamente a uma crise social, económica e da democracia que afecta todos, mas em particular e com muito mais acutilância toda a população apanhada desprotegida e desenquadrada dos partidos sistémicos e das suas clientelas. Sabemos isso, é uma realidade cada vez mais clara!

Neste processo, a sociedade deve organizar-se, polarizando-se primeiro em redor de núcleos onde se identifiquem as pessoas, e isso explica a proliferação enorme de grupos nas redes sociais e de grupos e movimentos a partir das instituições da sociedade civil, nomeadamente com o patrocínio de ex políticos, de ex governantes, de independentes, académicos, de jornalistas, de economistas, de personalidades mediáticas ou de empresários. E o que se assiste é a uma diferenciação, que está associada a acções concretas, importantíssimas e nobres, especializadas, no combate ao status quo e ao actual sistema político-partidário-judicial, corrupto, abusador, arrogante e sobranceiro à legalidade, para proteger e promover os seus agentes, benfeitores e traficantes de influências.

E por isso o iDEAL respeita, admira, divulga, e associa-se, pelo menos na esfera da opinião, ao trabalho e à acção concreta de movimentos como o Que Se Lixe a Troika, na sua "especialização" de organizar manifestações nacionais anti sistema e anti troika, ou o MRB - Movimento Revolução Branca, na sua "especialização" em apresentar aos tribunais pedidos de barramento contra as candidaturas dos autarcas do PSD que pretendem violar e desprezar a lei da limitação de mandatos nas próximas eleições autárquicas. Estamos sinceramente reconhecidos a ambos e a outros. Mas o estarmos reconhecidos e agradecidos nesta luta que é comum, não implica que abdiquemos de um caminho e de um projecto cívico e político, que temos o direito de ter, antes pelo contrário, devemos deixar outros fazer o que estão a provar que fazem bem!

O iDEAL é um projecto que se apoia juridicamente numa associação cívica e política e vai seguir um curso que está traçado na sua visão, missão, manifesto e objectivos políticos gerais, conforme, repito, está explicitado em FILES / FICHEIROS e no nosso "website".
Como está dito (e tem sido reafirmado inúmeras vezes) planeamos passar a uma área de debates sobre propostas de projecto constitucional, legal, etc, em matérias que sejam do edifício político-constitucional-legal do país.

Queremos redesenhar o sistema, e depois vamos tentar divulgar essas propostas pela rede iDEAL no terreno.

Estamos fartos de dizer, não somos um movimento político, nem muito menos temos intenção de, neste sistema actual, e nesta fase, sermos um partido político para jogar neste jogo viciado.

Ao contrário de milhares, senão milhões, de portugueses sem experiência política em partidos, tal como nós, não queremos por a carroça à frente dos bois. Quer isto dizer que queremos, antes de nos assumirmos como movimento, saber EXACTAMENTE O QUE queremos para o nosso país e COMO o implementar.

E esse exercício desafiante e complexo, não vai ser executado segundo a organização que nos querem oferecer, convidar, impingir, seduzir, propor, que sabemos normalmente aonde vai parar, MAS SOB A NOSSA ORGANIZAÇÃO!

Temos o direito de assim o determinar, num país ainda livre, e está e estará no futuro connosco quem quiser e assim o desejar! E só esses!

Na certeza porém do seguinte - quem estiver connosco está para TRABALHAR, COLABORAR e PARTICIPAR com o melhor que tem para DAR! Livre para DEBATER o futuro de PORTUGAL connosco, e NUNCA mas NUNCA, para engolir cartilhas e pacotilhas pré-fabricadas!

Nós, iDEAL, forneceremos a organização, os associados e colaboradores fornecerão os seus anseios, ideias, pensamentos, inteligência, motivação, saberes, contributos colaborativos e participados, para chegarmos a futuros consensos e propostas!

NADA ESTÁ FEITO. TUDO SERÁ FEITO. POR NÓS. PORTUGUESES. EM PLENA POSSE DA CIDADANIA E DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS. PARA SE ALTERAR O SISTEMA DEMOCRÁTICO QUE NOS SUBMETE, QUE NOS RIDICULARIZA, QUE NOS ESFOLA, QUE NOS EMPOBRECE, QUE NOS CORRÓI, QUE NOS DEFINHA, QUE NOS RETIRA A ESPERANÇA.

HOJE, JÁ SABEMOS BEM DE QUE LADO ESTAMOS.

DO LADO DE LÁ, ESTÃO ESTES PARTIDOS POLÍTICOS E OS SEUS MILITANTES E SIMPATIZANTES ACTIVOS  QUE VINGAM NUM SISTEMA QUE LEVOU O PAÍS AO TAPETE E A SOCIEDADE AO SACRIFÍCIO, AO EMPOBRECIMENTO E À DESESTRUTURAÇÃO!

DO LADO DE CÁ ESTAMOS NÓS, EM MUITO MAIOR NÚMERO, A RESERVA CIVIL DA NAÇÃO, CIDADÃOS INDEPENDENTES E SEM FILIAÇÃO OU COLABORAÇÃO COM OS APARELHOS PARTIDÁRIOS, SEM FORMATAÇÃO EM VÍCIOS E DUPLICIDADES AMBÍGUAS, SEM O MÍNIMO HISTORIAL DE BENEFÍCIOS E DE APROVEITAMENTOS DAS REDES E DAS TEIAS DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS DO SISTEMA, QUE SE PREDISPÕEM PELO AMOR A PORTUGAL E PELA PREOCUPAÇÃO COM O NOSSO FUTURO COLECTIVO, SUSTENTADO, DE JUSTIÇA, EQUIDADE E PROGRESSO, A ALTERÁ-LO PROFUNDAMENTE, CORRIGINDO-O E MELHORANDO-O, REFORMANDO A DEMOCRACIA.

P´la Direcção

Associação iDEAL