Desde o início que definimos o modelo a seguir - um grupo de pessoas
independentes, sem filiação partidária, concordam em que o país tem uma
democracia atrofiada (porque o sistema político que decorre do edifício
constitucional foi desenvolvendo e cristalizando defeitos e vícios,
progressivamente mais evidentes e preocupantes, pela acção
principalmente de políticos vindos dos aparelhos partidários) e decidem
organizar-se, para intervir, cívica e politicamente.
Em fins de
Abril de 2012 é criado o grupo iDEAL no Facebook, que teve antecessores em outras
duas iniciativas, o grupo fechado AP-SP 2.0.xx e a OR (Operação
Relâmpago). Antes disso, os responsáveis pela definição inicial dos
objectivos gerais para o iDEAL participaram em vários grupos no Facebook
(aconselho a leitura do documento "Génese sucinta do grupo iDEAL" no
"website" iDEAL).
O grupo no Facebook foi utilizado para,
através desta presença digital, convocar outras pessoas em diversos
pontos do país, para uma Assembleia Geral, em Agosto de 2012, que
decorreu "online". Em Novembro de 2012, foi criada uma associação sem
fins lucrativos, a Associação iDEAL, com o objecto específico de estudos
e intervenção cívica e política.
Está há muito assente que o
iDEAL se organiza nesta fase como uma associação cívica e política,
através da qual um grupo de pessoas - cujo número será variável mas
nunca de grandes dimensões - se dedicará a debater questões de matéria
constitucional e legislativa, para através da participação, colaboração e
debate, entre pessoas com opiniões e conhecimentos mais ou menos
extensos nas matérias, se chegar a propostas próprias que serão
aprovadas por votação.
Em Março de 2013 abriu o "website"
iDEAL. Que estava havia meses prometido, e não contempla ainda (por
razões de complexidade, logísticas, técnicas e financeiras) todas as
funcionalidades desejadas para uma verdadeira plataforma colaborativa
"online", mas para lá caminhará. Dentro de alguns dias irá começar a
funcionar aquilo a que chamamos a área de debates, que está a ser
implementada num software de fórum, que estará integrado no "website".
O iDEAL não tem a pretensão de ser no imediato um movimento político da
chamada sociedade civil. Nunca nos apelidamos de movimento, e somos
coerentes com os nossos documentos. Foi definido desde o início, e está a
ser cumprido, que iríamos criar um grupo no Facebook para nos irmos
conhecendo, gerar um ambiente propício à actividade política dentro de
alguns parâmetros, uma espécie de "sala de convívio" de uma realidade
mais vasta, a que chamamos sistema iDEAL, que serve um projecto, o
projecto iDEAL.
O sistema é composto para já pelo grupo e
página iDEAL no Facebook, pela Associação iDEAL, pelo "website" e pela
organização iDEAL no terreno, concebida e em estruturação no presente,
para actuar fora do digital, ou seja, junto das populações, em contacto
directo com as pessoas nos diversos pontos do país.
O sistema é
instrumental para alcançarmos os nossos objectivos, que podem ser
expressos muito sucintamente por um processo em 3 fases: 1.criar
propostas de alteração constitucional e legislativa, 2.ir divulgando
essas propostas complementares e integradas pela população, através da
organização informal no terreno e 3.participar a médio prazo, nas
efectivas alterações ao sistema - por exemplo, numa constituinte ou por
propostas legislativas dos cidadãos - se as condições políticas e
democráticas internas o permitirem (se houver uma abertura na actual
blindagem do sistema), o que dependerá do caminho que efectuarmos, da
adesão que obtivermos, da dimensão da pressão da opinião pública e da
sociedade, através da sua continuada mobilização em acções de
resistência (como o boicote às eleições), de reivindicação, de
manifestação, de desobediência, etc.
Respeitamos todas as
propostas e todas a ideias! Respeitar e permitir, no seio de um grupo
que pertence ao iDEAL, a sua explicitação, não é sinónimo de
concordância nem de atribuição de méritos!
O que o iDEAL
pretende fazer está descrito em linhas muito gerais acima e está escrito
nos nossos documentos. Quem desejar criar plataformas para congregar,
coligar ou aglutinar movimentos, tendências e grupos, de redes sociais
ou com presença e organização física, com fins vários incluindo a sua
coordenação ou mesmo união para programas de acção comuns, que o faça! E
quem inserir membros deste grupo ou de outros grupos - no caso concreto
do Facebook - nessas plataformas e nesses grupos de congregação ou
coligação, também o pode fazer livremente - pelo menos enquanto esses
membros assim o quiserem e não "desaderirem"!
O país tem 10,7
milhões de habitantes! E, se bem que sejamos uma democracia defeituosa e
corrupta, não chegámos ainda ao regime da Coreia do Norte! Ainda há
variedade e liberdade! Isto para dizer, que na mobilização e
movimentação social, em formas organizativas mais ou menos formais, a
partir da sociedade amorfa e vasta que se estende para lá das fronteiras
dos aparelhos partidários tradicionais, há gente, espaço e liberdade
ideológica, cívica, política, de pensamento e de organização, para a
diversidade, a complementaridade e a identidade. É um processo em curso.
Que está em aceleração porque se contrapõe precisamente a uma crise
social, económica e da democracia que afecta todos, mas em particular e
com muito mais acutilância toda a população apanhada desprotegida e
desenquadrada dos partidos sistémicos e das suas clientelas. Sabemos
isso, é uma realidade cada vez mais clara!
Neste processo, a
sociedade deve organizar-se, polarizando-se primeiro em redor de núcleos
onde se identifiquem as pessoas, e isso explica a proliferação enorme
de grupos nas redes sociais e de grupos e movimentos a partir das
instituições da sociedade civil, nomeadamente com o patrocínio de
ex políticos, de ex governantes, de independentes, académicos, de jornalistas, de economistas, de personalidades mediáticas ou de empresários. E o que se assiste é a uma
diferenciação, que está associada a acções concretas, importantíssimas e
nobres, especializadas, no combate ao status quo e ao actual sistema
político-partidário-judicial, corrupto, abusador, arrogante e
sobranceiro à legalidade, para proteger e promover os seus agentes,
benfeitores e traficantes de influências.
E por isso o iDEAL
respeita, admira, divulga, e associa-se, pelo menos na esfera da
opinião, ao trabalho e à acção concreta de movimentos como o Que Se Lixe
a Troika, na sua "especialização" de organizar manifestações nacionais
anti sistema e anti troika, ou o MRB - Movimento Revolução Branca, na
sua "especialização" em apresentar aos tribunais pedidos de barramento
contra as candidaturas dos autarcas do PSD que pretendem violar e
desprezar a lei da limitação de mandatos nas próximas eleições
autárquicas. Estamos sinceramente reconhecidos a ambos e a outros. Mas o
estarmos reconhecidos e agradecidos nesta luta que é comum, não implica
que abdiquemos de um caminho e de um projecto cívico e político, que
temos o direito de ter, antes pelo contrário, devemos deixar outros
fazer o que estão a provar que fazem bem!
O iDEAL é um
projecto que se apoia juridicamente numa associação cívica e política e vai seguir
um curso que está traçado na sua visão, missão, manifesto e objectivos políticos gerais, conforme, repito, está
explicitado em FILES / FICHEIROS e no nosso "website".
Como está dito (e tem sido
reafirmado inúmeras vezes) planeamos passar a uma área de debates sobre
propostas de projecto constitucional, legal, etc, em matérias que sejam
do edifício político-constitucional-legal do país.
Queremos redesenhar o sistema, e depois vamos tentar divulgar essas propostas pela rede iDEAL no terreno.
Estamos fartos de dizer, não somos um movimento político, nem muito
menos temos intenção de, neste sistema actual, e nesta fase, sermos um partido
político para jogar neste jogo viciado.
Ao contrário de
milhares, senão milhões, de portugueses sem experiência política em
partidos, tal como nós, não queremos por a carroça à frente dos bois.
Quer isto dizer que queremos, antes de nos assumirmos como movimento,
saber EXACTAMENTE O QUE queremos para o nosso país e COMO o implementar.
E esse exercício desafiante e complexo, não vai ser executado segundo a organização que nos querem
oferecer, convidar, impingir, seduzir, propor, que sabemos normalmente
aonde vai parar, MAS SOB A NOSSA ORGANIZAÇÃO!
Temos o direito
de assim o determinar, num país ainda livre, e está e estará no futuro
connosco quem quiser e assim o desejar! E só esses!
Na certeza
porém do seguinte - quem estiver connosco está para TRABALHAR, COLABORAR
e PARTICIPAR com o melhor que tem para DAR! Livre para DEBATER o futuro
de PORTUGAL connosco, e NUNCA mas NUNCA, para engolir cartilhas e
pacotilhas pré-fabricadas!
Nós, iDEAL, forneceremos a
organização, os associados e colaboradores fornecerão os seus anseios,
ideias, pensamentos, inteligência, motivação, saberes, contributos
colaborativos e participados, para chegarmos a futuros consensos e
propostas!
NADA ESTÁ FEITO. TUDO SERÁ FEITO. POR NÓS.
PORTUGUESES. EM PLENA POSSE DA CIDADANIA E DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS.
PARA SE ALTERAR O SISTEMA DEMOCRÁTICO QUE NOS SUBMETE, QUE NOS
RIDICULARIZA, QUE NOS ESFOLA, QUE NOS EMPOBRECE, QUE NOS CORRÓI, QUE NOS
DEFINHA, QUE NOS RETIRA A ESPERANÇA.
HOJE, JÁ SABEMOS BEM DE QUE LADO ESTAMOS.
DO LADO DE LÁ, ESTÃO ESTES PARTIDOS POLÍTICOS E OS SEUS MILITANTES E SIMPATIZANTES ACTIVOS QUE
VINGAM NUM SISTEMA QUE LEVOU O PAÍS AO TAPETE E A SOCIEDADE AO
SACRIFÍCIO, AO EMPOBRECIMENTO E À DESESTRUTURAÇÃO!
DO LADO DE
CÁ ESTAMOS NÓS, EM MUITO MAIOR NÚMERO, A RESERVA CIVIL DA NAÇÃO, CIDADÃOS INDEPENDENTES E SEM
FILIAÇÃO OU COLABORAÇÃO COM OS APARELHOS PARTIDÁRIOS, SEM FORMATAÇÃO EM
VÍCIOS E DUPLICIDADES AMBÍGUAS, SEM O MÍNIMO HISTORIAL DE BENEFÍCIOS E
DE APROVEITAMENTOS DAS REDES E DAS TEIAS DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS DO
SISTEMA, QUE SE PREDISPÕEM PELO AMOR A PORTUGAL E PELA PREOCUPAÇÃO COM O
NOSSO FUTURO COLECTIVO, SUSTENTADO, DE JUSTIÇA, EQUIDADE E PROGRESSO, A
ALTERÁ-LO PROFUNDAMENTE, CORRIGINDO-O E MELHORANDO-O, REFORMANDO A
DEMOCRACIA.
P´la Direcção
Associação iDEAL