A manifestação 2 de Março de 2013, em Lisboa, foi uma oportunidade perdida!
Confluem e congregam-se vontades de pessoas diferentes, unidas em redor
de preocupações, revoltas e indignações que têm muito em comum, num
número que para todos os efeitos é substancialmente grande - 300, 400,
500 mil? - para depois não se aproveitar esse acontecimento e essa
oportunidade para se projectar um conjunto de mensagens que marque e motive as pessoas para pensar, reflectir e agir.
Estas manifestações, que se começam a parecer com um passeio ao parque
para desanuviar, faltando só a merenda e o garrafão para virarem
piqueniques na cidade, podem ajudar a desopilar e a descomprimir, mas
não passarão disso!
Não se pense que com manifestações com
este formato - ir, chegar, confluir, andar até uma praça, encher a praça
e depois berrar umas palavras de ordem e ouvir a leitura de uns textos
ridículos - irá pressionar o aparelho político, os partidos, o governo
ou o PR para alguma alteração ou mudança efectiva do rumo que segue a
governação e a política.
De facto, estamos a acordar, mas em termos globais, a infantilidade nesta sociedade civil é confrangedora.
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